Esporotricose Animal
Metodologia:
• Exame Citopatológico • Cultura para Sporothrix sp.
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Amostra biológica:
É necessário o envio de amostras para a investigação simultânea por ambas as metodologias:
• Exame Citopatológico: exsudato/pus das lesões por imprint direto com lâmina de vidro fosca (contato da lâmina de vidro com ponta fosca diretamente sobre as lesões) ou confeccionar o esfregaço em lâmina de vidro com ponta fosca feito com exsudato/pus colhido através de swab estéril. • Cultura Fúngica: exsudato das lesões/pus e/ou secreção nasal colhidos através de swab estéril.
Nota 1: A secreção nasal deve ser coletada apenas quando houver presença de lesões características na região das narinas e quadro clínico-epidemiológico compatíveis com esporotricose animal.
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Volume ideal:
• Exame Citopatológico: mínimo de duas lâminas de vidro com ponta fosca de uma mesma lesão. • Cultura Fúngica: um swab estéril, com a amostra biológica coletada, imerso em tubo de ensaio estéril (Ex: tubo falcon de 15mL) contendo 3mL de solução fisiológica a 0,9% estéril.
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Período ideal de coleta:
• Coletar as amostras preferencialmente antes do início do uso de antifúngicos orais. Nos casos que estejam sendo utilizados medicamentos antifúngicos tópicos (pomadas, cremes e sprays), deve-se suspender o uso deles 72h antes da coleta, não sendo necessário parar os medicamentos que estiverem sendo dados por via oral. |
Orientações para a coleta de amostra:
Antes da realização das coletas sempre identificar os materiais (lâmina de vidro com ponta fosca e tubo de vidro com tampa rosqueada) com o número de protocolo do GAL Animal. Identificar com lápis grafite a lâmina de vidro com ponta fosca (não identificar com caneta porque a identificação é facilmente apagada) e o tubo de vidro com tampa rosqueada preferencialmente com etiqueta do GAL Animal.
• Exame Citopatológico: realizar limpeza prévia do local da lesão com gaze esterilizada, embebida em solução fisiológica estéril a 0,9%, para remover as crostas. A seguir, colher o material com a técnica do imprint direto (figura 1) ou com swab estéril (figura 2). Nos casos em que se optar pelo uso do swab, deve-se confeccionar a lâmina com a ponta do swab, contendo o material biológico, distribuindo-o em formato de estrias sobre a superfície da lâmina de vidro com ponta fosca (figura 2): Figura 1 – Citopatologia por Imprint. Fonte: Histopet (2023).
Figura 2 – Estria feita com swab. Fonte: LACEN-PB (2023).
• Cultura Fúngica: limpar o local com gaze esterilizada embebida em solução fisiológica a 0,9%, para remover as crostas. A seguir, colher o material com swab estéril e inserí-lo em um tubo de ensaio de vidro estéril com tampa rosqueada (18x180mm), contendo 3mL de solução fisiológica a 0,9% estéril (Figuras 3 e 4).
Figura 3 – Swab em tubo de vidro estéril com solução salina estéril 0,9%. Fonte: LACEN-PB (2023).
Figura 4 – Volume ideal solução salina estéril 0,9%. Fonte: LACEN-PB (2023).
Importante: A coleta com o swab deve ser realizada da seguinte maneira:
• Segurar o swab em ângulo de 30° com a ferida.
• Pressionar e rodar o swab estéril em seu próprio eixo, no leito da lesão contendo exsudato, durante 5 (cinco) segundos. |
Conservação da amostra até o envio:
• Exame Citopatológico: aguardar as lâminas secarem naturalmente (obrigatoriamente) e acondicioná-las em caixas porta-lâminas à temperatura ambiente (15 a 30°C). Não há necessidade de corar as lâminas para envio ao laboratório. Conferir a identificação das amostras com o número de protocolo do GAL Animal. Por fim, enviar ao LACEN-PB as amostras e seus respectivos formulários GAL Animal impressos. • Cultura Fúngica: imerso em tubo de ensaio estéril (Ex: tubo falcon de 15mL) com 3mL de solução fisiológica a 0,9% estéril contendo os swabs e acondicioná-los em caixas isotérmicas com gelo reciclável sob a temperatura de 2 a 8°C no máximo até 18h (considerando a hora da coleta até a entrega ao setor do LACEN-PB responsável pelo processamento das amostras). Conferir a identificação dos tubos com o número de protocolo do GAL Animal. Por fim, enviar ao LACEN-PB as amostras e seus respectivos formulários GAL Animal impressos.
Nota 2: Orienta-se que a hora da coleta seja anotada nas identificações das amostras.
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Forma de acondicionamento para transporte:
• Imergir o swab ou biopsia da lesão após coleta em solução salina estéril e enviar ao laboratório em caixa com gelo reciclável.
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Formulários requeridos:
• Obrigatório o cadastro das amostras no Gerenciador de Ambiente Laboratorial no Módulo Animal (GAL Animal) - enviar cópia junto com as amostras. • Notificação do agravo via sistema REDCAP através do link: https://redcap.link/esporotricoseanimal - enviar cópia junto com as amostras.
Nota 3: As amostras que vierem sem notificação do agravo não serão rejeitadas, no entanto terão seus resultados restritos, tanto para Cultura Fúngica quanto para Exame Citopatológico, até que se envie uma cópia da notificação para o Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Laboratorial do LACEN-PB através do e-mail: vigilancia.lacenpb@gmail.com
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Horário para recebimento de amostras:
• As amostras para investigação de Esporotricose Animal são recebidas no LACEN-PB de segunda a quinta-feira, das 08:00h da manhã às 16:30h da tarde.
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Informações complementares:
• Os materiais utilizados para a coleta e transporte para o envio das amostras ao LACEN-PB, o cadastro no GAL Animal e a notificação do agravo, ficam a cargo do município/unidade demandante, não tendo o LACEN-PB responsabilidade sobre tais demandas. |